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Os primeiros sintomas do que viria a ser pagode começaram a surgir na década de 60 com o grupo Os Sete Modernos do Samba - o primeiro grupo a usar o banjo em substiuição ao cavaquinho.  Esse grupo passou a ser chamado de Os Originais do Samba quando, em 1968, acompanhou a maravilhosa cantora Elis Regina, na música Lapinha - vencedora da 1ª Bienal do Samba.


O pagode foi tomando forma através de reuniões de sambistas cariocas novos e da velha guarda. Expandindo-se, acabou gerando uma espécie de movimento, ao qual aderiram nomes consagrados como Martinho da VilaBeth CarvalhoJorge AragãoLeci BrandãoZeca PagodinhoAlmir GuinetoGrupo Fundo de Quintal e outros.

Na década de 80, o gênero consolidou sua posição no mercado fonográfico, e compositores urbanos de nova geração criaram combinações inéditas, tais como o paulista Itamar Assumpção, que incorporou ao samba a batida do funk e do reggae. A partir da década de 90, novos grupos do gênero surgiram e continuam surgindo. 


No rastro de uma batida bem característica de Jorge Ben Jor, surge o grupo Raça Negra, e o pagode transfere-se, momentaneamente, para a capital paulista, através dos grupos Negritude JuniorKatinguelêExalta SambaKarametade.  Em seguida ganha destaque em Minas Gerais com o Grupo Só Pra Contrariar e retorna ao cenário do Rio de Janeiro com o Grupo Raça.


Hoje, o pagode é, sem dúvida, um estilo musical com características próprias e subdivisões, indo do samba tradicional ao romântico, passando pelo malicioso, devido as letras musicais apresentadas. Os músicos introduziram instrumentos eletrônicos a fim de viabilizar os grandes shows, dando uma roupagem mais Pop. Assim, o pagode ganhou uma roupagem mais comercial, com grandes índices de vendagem. 

Apesar de ter sofrido algumas adaptações no decorrer da sua trajetória, o pagode se tornou, na década de 90, um grande fenômeno na história da nossa música. Contudo, a ala do pagode considerada mais “de raiz” (uso direto do partido-alto e samba-de-roda), como Zeca Pagodinho, Dona Ivone Lara, Fundo de Quintal, Luiz Carlos da Vila, Arlindo Cruz, Sombrinha, Jorge Aragão e Leci Brandão, também atingiu uma repercussão expressiva no Brasil e no exterior.

A partir do ano de 2000, surgiram alguns artistas que buscavam se reaproximar das tradições mais populares do samba, tais como Marquinhos de Oswaldo Cruz, Teresa Cristina e Grupo Semente, assim como outros artistas da nova geração do pagode, como Alexandre Pires, Belo, Jeito Moleque, Rodriguinho, Thiaguinho, Grupo Pixote, Gustavo Lins, Mumuzinho, Inimigos da HP, Sorriso Maroto, Ferrugem e outros.

Hoje, o pagode comercial convive com o pagode de raiz.  Ambos com sucesso garantido no Brasil.

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